Mestrado em Portugal
segunda-feira, abril 02, 2018
Olá pessoas, tudo bom? Então, pra
quem não sabe, atualmente faço mestrado aqui em Lisboa na Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH - NOVA) e como vários
amigos me perguntaram como foi o processo pra estudar aqui, achei melhor
compartilhar a minha experiência no blog porque aí já respondo todo mundo
(alguns com bastante atraso, sorry!),
e de quebra ajudo quem mais tiver interesse.
Bom, primeiramente decidi qual
campo queria estudar (porque no meu caso não é o mesmo da minha graduação).
Depois fui checando os sites das universidades aqui em Portugal, vi no Porto,
Coimbra e Lisboa. Cada uma tem processos, prazos e valores diferentes. Mas
depois resolvi focar em Lisboa mesmo.
Depois fui vendo o curso que
queria nas universidades e escolhi o meu. Eu fiz a inscrição para o mestrado
em Ciência Política e Relações Internacionais com foco em Globalização e
Meio-Ambiente (que posteriormente foi renomeado para Globalização e Dinâmicas
Regionais) e Pós-Graduação em Globalização e Segurança. As inscrições ano
passado custaram 50 euros cada e foram de abril a junho se me lembro bem.
Para as candidaturas eu enviei,
tudo online pela secretaria virtual da FCSH; curriculum vitae no modelo Europass, cópias dos meus diplomas de
graduação e pós, cópia do cartão de residência belga e carta de motivação.
Os resultados saíram no meio de
julho e eu quase tive uma síncope pois não saíram no dia definido. E também porque né, se eu não fosse aceita eu não
tinha um plano B pra ficar na Europa legalmente e ilegal não era/é uma opção.
Fui aceita em ambos cursos que me
candidatei e optei por me matricular no mestrado, claro. Foi uma correria só
depois disso porque eu tava na Bélgica e tive que resolver as coisas por email
e por intermédio de um amigo, que me salvou a vida (Thank you, Matheus!).
Depois do pagamento feito
procederam com minha matrícula e eu precisava apresentar os originais dos
documentos (devidamente apostilados!) antes de começarem as aulas. Não sei se
todas as faculdades são assim mas até que não foi complicado essa primeira
parte da jornada.
A pior, sem dúvidas, é a
burocracia para obter o visto de estudante. Nós brasileiros precisamos
obrigatoriamente de visto na área Schengen se formos ficar mais de 3 meses. Eu
ainda tive um pouco de “sorte” porque eu estava morando na Bélgica e ainda
tinha o cartão de residência válido por 3 meses, então consegui tirar o visto
no Consulado Português de Bruxelas.
A lista de documentos pedidos na
Bélgica tinha metade do que é pedido no Brasil. Sério. Mas lógico que o stress é
o mesmo. Passei muuuuuuuuuita raiva, mas no final deu tudo certo e consegui
viajar com os documentos certinhos para Lisboa. Essa parte burocrática merece
um post a parte.
Agora voltando para os estudos em
si. Vou ser bem sincera, não é fácil. O nível exigido pelos professores é alto,
os trabalhos que tenho que fazer me deixam louca. A estruturação do trabalho
científico tem suas diferenças aqui. Tipo, Estado da Arte, oi? Kkk
Mas amo meu
curso; amo ir às aulas, são bem interessantes; os professores são super
qualificados e vocês não tem ideia do quanto já aprendi nesses (quase) 2
semestres. Minhas aulas são em português e
no começo eu sofri com o sotaque, tinha uma professora que eu não conseguia
entender de jeito nenhum o que ela falava. 😅No primeiro semestre tive aulas
basicamente com portugueses e brasileiros, agora tenho aulas com mais
estrangeiros também.
✨ Algumas universidades em Lisboa pra vocês darem uma olhada:
✨ Informações úteis:
- O ano letivo na Europa começa
em setembro.
- Aqui em Portugal a graduação
(bacharelado e licenciatura) é chamada apenas de Licenciatura. Não há
diferenciação. E Doutorado é Doutoramento.
- O valor/mensalidade do curso é
chamado de Propina aqui. Não se assuste quando ler ‘Valor das propinas’.
- As universidades públicas
também são pagas.
Acho que é isso, não sei se
esqueci de algo, mas caso tenham alguma dúvida podem perguntar. 😊
Bisous bisous,
Carol.
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